Terrárea | Amor



 
 

1. Sentimento de afecto profundo, paixão
2. Atracção física, desejo sexual
3. Dedicação
 
O sentimento mais difícil e subjectivo de se (d)escrever é também o tema mais comum de cineastas, poetas, romancistas, editores e sonhadores. Todos temos uma palavra a dizer acerca do amor: uma descrição baseada nas nossas experiências, nas alterações físicas e psicológicas que sentimos ao amar outrem. Quem nunca amou fala acerca das suas idealizações de um estado de espírito devoto, de uma ansiedade metamorfoseada em borboletas que esvoaçam nas nossas entranhas. 

A universalidade do amor permite que todos o possam sentir, todos bebam da fonte que nos torna mais altruístas, pacientes, embevecidos. O amor não é estanque, é fluído, tem vida. Podemos amar de diferentes formas, diferentes indivíduos ou um só, tendo total segurança de que é sempre amor. O indivíduo amado é escolhido por um conjunto de coincidências, de forma imprevisível, pois é o amor que nos encontra, tal como uma febre ou um vírus. Não entenderemos a totalidade do que sentimos nem teremos respostas concretas para justificar a escolha da nossa entrega. Contudo, estaremos certos das saudades que a ausência da pessoa amada nos provoca e do medo, tantas vezes irracional e transformado em ciúme, de ficarmos sem ela. 

Amor é compreensão, afeição e apresso. Hoje, amanhã e sempre é urgente praticar estes actos amorosos e reconstruir as conecções humanas analógicas. É urgente exercitarmos o coração e darmos de nós aos outros, baixar a guarda sem almejar nada em troca. Ser voluntário no “amar o próximo” é um passo que devíamos dar a cada dia, num gesto simples como ouvir com atenção um desabafo ou oferecer uma flor, sem dia marcado, a quem queremos agradecer por ser quem é. 

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