Punk' s not dead

O Movimento Punk surgiu no fim da década de 1970 e reflectiu- se social e politicamente através da cultura, música, cinema e principalmente da moda. O impacto visual criado pelos punks era forte e extremamente agressivo, embora as peças- chave iniciais fossem de clara influência do rock'n roll dos anos 50: t- shirts brancas, calças justas, casacos de cabedal e all stars. O estilo evoluiu tornando- se mais marcante através dos rasgões nas calças e camisas, das botas de biqueira de aço, do uso de fivelas, correntes, cabelos multi- cor que formavam cristas, maquilhagem carregada, mensagens nas t- shirts. Os artistas da música eram ícones de moda, sendo os mais influentes membros da banda Ramones.

As ideologias Punk passavam muito pela identidade pessoal, acreditar no que se quisesse com liberdade absoluta, não obedecer a hierarquias, mas isto não fez com que em termos de vestuário cada um criasse o seu modo de vestir, o que acaba por ir contra as suas principais doutrinas.


Mala com correntes


Preto quase total Na foto- Rita Ricardo


O punk não está morto pois continua a existir motivações idealistas de um mundo em que a liberdade é a lei. Ele não está morto, podendo- se rever agora elementos deste movimento, misturados com outros. É comum ver- mos peças de vestuário punk misturada com peças mais tradicionais ou até mesmo hippies- que acaba por ser em termos visuais, não ideológico, o oposto do punk.



Botas Doc. Martens usadas com mochila Hippie


Talvez quem utilize determinado tipo de botas nem o faça pelas motivações e pelo saudosismo dos anos 70/80 mas sim por ser o gosto a conduzi- lo àquela escolha. De uma forma ou de outra há sempre quem revitalize o estilo Punk.

Botas de tendência Punk


Botas Doc. Martens


Concerto de Amália Hoje


Especial atenção para o casaco de Sónia Tavares combinado com o padrão étnico do vestido


O caso de Viwienne Westwood, que é conhecida pela desgner-punk, visto ter começado por vestir uma das primeiras bandas deste género musical, Sex Pistols, é dos mais marcantes (e polémicos).

Em Portugal a designer que mais trabalhou nesta vertente foi Ana Salazar, iniciando a sua carreira nos anos 70 e trabalhando exaustivamente a cor preta. As suas propostas para o próximo Inverno passam muito por materiais e styling que tem que ver com o Movimento de há quarenta anos atrás. 


No Verão passado Christophe Decarin, para a Balmain mostrou a sua onda punk em coordenados marcados pelos rasgões, casacos de cabedal, calças skinny e elementos muito rock'n roll. A estética manteve- se até esta estação, o que prova que em termos comerciais foi muito bem recebida pelo público.

Realmente o Punk não morre, só adormece e volta a renascer.

Comentários

  1. Olá! Gostei muito deste post. Podes-me dizer em que tipo de lojas posso encontrar essas mochilas Hippies? Não encontro em lado nenhum, e adoro-as!!

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