Fast Car

Já repararam na actual multiplicação de fotos de carros antigos pela internet? Seja Mercedes ou Ford, Mustang ou Jeep, a marca pouco importa para as bloggers e digital influencers, que aliam veículos vintage ao seu estilo pessoal.

Sempre gostei destes modelos do passado, aliás, se for desportivo tem mesmo de pertencer a outra época. As grandes banheiras com uma aparência sensual e robusta fazem parte do meu imaginário e daquilo que ambiciono um dia conduzir. São curvas e contracurvas de (moderada) velocidade numa estrutura quase única, pois eram poucos os condutores destes brinquedos. Até agora! Cada vez é mais comum ver estes automóveis para lá dos quadradinhos de Instagram. Ao volante, porém, quase sempre homens entre os 20 e os 35... Podem ter herdado a viatura do avô ou ter investido num destes bichinhos ronronantes, mas sempre que vejo um deles em passeio está em óptimo estado, completamente restaurado.

Porque será que de repente temos este apreço e amor aos carros vintage? Porquê numa época em que tanto se fala de sustentabilidade, na qual as grandes cidades estão a criar regras que limitam a circulação de motores produtores de demasiado CO2 e os carros eléctricos estão cada vez mais acessíveis? Será que estamos mais românticos e saudosistas ou simplesmente perdemos aquela vergonha tonta de conduzir um carro velho? Talvez seja a percepção deste adjectivo que se tenha alterado e invés de ser conotado enquanto inútil, primitivo ou obsoleto, seja visto enquanto intemporal, premium, arte, raridade.

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